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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:34 pm

parte dela:

1 - A sensação é o resultado do conjunto de estimulos que nós recebemos através dos sentidos no contacto com a realidade( paladar, audição, tacto, olfacto e visão . A percepção é o resultado da interpretação e organização das sensações de modo a atribuir-mos significados.

1.1- Em primeiro lugar ocorre a sensação poque é através dela que ocorre a percepção.

2- Os factores são: a nossa personalidade, experiencias de vida, hereditariedade, as pessoas com quem contactamos, o meio natural com o qual vivemos, a educação que recebemos, a inteligencia que possuimos, a época histórica em que nascemos.

3- a percepção é selectiva porque o nosso cérebro nao tem capacidade para processar toda a informação que recebemos através da sensação e eliminam grande parte dessa informação e interpretando só uma pequena parte dessa informação.

4- Respostas instintivas são reacções que temos em relação ao meio e que não são aprendidas, nascem connosco.

5- o que são esquemas cognitivos: é um modo de agir. cada vez que se repete esse modo de acção aperfeiçoa-se.

6- o comceito é uma representação mental sobre os objectos que só existe na nossa mente e que só se consegue através de um processo intelectual de abstracção (Retemos na nossa mente apenas as caracteristicas essenciais dos objectos desprezando todas as outras).

7-È o nosso modo de ser que envolve os nossos sentimentos, a nossa inteligencia, as nossas expectativas, o nosso modo de nos relacionarmos conosco e com os outros. Esse modo de ser é relativamente estavel porque se desemvolve ao longo de toda a nossa vida com particular incidencia na infancia e na adolescência

8º-
Hereditariedade
Nossos genes
A famila
Os amigos

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:44 pm

Módulo 4;


Tema 1. A construção do conhecimento ou o Fogo de Prometeu


1. A génese do conhecimento humano e o mito de Prometeu;

Actualmente aceita-se que o homem é produto de um lento processo de transformação, não sendo, no entanto, um animal como os outros. A esse processo de lenta evolução da espécie que começa com os primeiros hominídeos e se prolonga até aos nossos dias chamamos hominização.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:45 pm

E o homem não é um animal como os outros, quanto mais não seja porque, desde que existe, tem transformado profundamente a Terra. Além disso, o Homem é o ser vivo dotado de razão, embora esta capacidade se tenha desenvolvido ao longo dos tempos e continue ainda hoje a transformar-se, complexificar-se e desenvolver-se.
Do ponto de vista puramente biológico, o homem descende de um primata da família dos hominídeos, género Homo, espécie sapiens. Os hominídeos apresentavam como principais características:
► Postura erecta;
► locomoção bípede no solo (em substituição do deslocamento com os braços, de galho em galho, como muitos animais);
► capacidade craniana superior à de outras famílias aparentadas (que foi aumentando progressivamente);
► dentes pequenos, com caninos não especializados.
O estudo dos fósseis mostrou que, nos últimos 100 000 anos, o organismo humano, em termos evolutivos, não apresentou grandes alterações biológicas. Assim, por exemplo, o homem dessa época barbeado, penteado e vestido com roupas do mundo actual dificilmente seria distinguido dos outros. Contudo, ainda não se chegou a um acordo sobre o processo como se desenrolou o fenómeno que conduziu ao aparecimento do homem, ou seja, à hominização.
Neste processo surgem também comportamentos distintivos, para além das diferenças biológicas
enunciadas. Exemplos desses comportamentos distintivos são a confecção de instrumentos e a linguagem verbal.
Contudo, se hoje se aceita a génese e evolução do Homem, nem sempre tal aconteceu – esta teoria seria impensável antes da teoria da evolução das espécies de Darwin (século XIX) ter sido aceite. Várias foram as explicações criadas pelo Homem para explicar as diferenças da sua espécie relativamente às outras e começamos com uma das explicações mais conhecidas da inteligência ou capacidade humana de se adaptar ao meio e transformá-lo através do conhecimento. Esta explicação remonta ao pensamento mítico, anterior ao cristão e, por isso, pagão e próprio dos gregos mas que chegou até nós e ainda se mantém actual.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:46 pm

1.1. O mito de Prometeu
A primeira e mais conhecida história sagrada ou mito que procura explicar a inteligência ou capacidade de conhecer do Homem é o mito de Prometeu.Este era filho do titã Jápeto e da oceânide Clímene. Jápeto era irmão de Crono (Prometeu era, portanto, primo de Zeus). Consta que a primeira falta de Prometeu para com Zeus em favor dos homens foi quando dividiu um boi em duas partes, uma cabendo a Zeus e outra aos mortais. Na primeira estavam as carnes e as vísceras, cobertas com o couro. Na segunda, apenas ossos, cobertos com a banha do animal. Zeus, atraído pela banha, escolhe a segunda, e então a raiva, o rancor, e a cólera subiram-lhe à cabeça e ao coração. Por conta disso, Zeus castiga os homens, negando-lhes a força do fogo infatigável do mesmo modo que a inteligência do homem que o fogo representa simbolicamente. Numa outra versão Epimeteu, responsável por distribuir as qualidades pelas diferentes espécies, por não refletir, termina a sua distribuição das qualidades, mas deixa de lado um ser: o homem. O que sobrou para o homem? Nada, permanecera nu e sem defesa. Aproximava-se a hora determinada para que o homem chegasse à luz e Prometeu aparece para fazer a sua parte. Não encontrando outra solução, Prometeu é obrigado a roubar o fogo de Hefesto e a sabedoria de Atena, deusa de olhos verde-mar. De posse dessas duas qualidades, o homem estava apto a trabalhar o fogo nas suas diversas utilidades, e assim garantir a sobrevivência. Porém, a qualidade necessária para os homens se relacionarem entre si encontrava-se nas mãos de Zeus: a política. E era proibido a Prometeu penetrar na Acrópole de Zeus, vigiada por temíveis sentinelas. A afronta definitiva de Prometeu, porém, ocorre quando este rouba “o brilho longevisível do infatigável fogo dos deuses”. Com isto, Prometeu reanimou a inteligência do homem e os mortais ficam em dívida para com ele por terem a habilidade de, por exemplo, construir casas de tijolos e madeira. Os mortais, diz o titã, tudo faziam sem tino até que este lhes ensinasse “as intricadas saídas e portas dos astros. Por elas inventei os números (…) a composição das letras e a memória (…), matriz universal.” Prometeu diz, enfim, que os homens lhe devem a ele todas as artes, inclusive a de domesticar animais selvagens e fazê-los trabalhar para si.
Quanto a Prometeu, foi castigado sendo preso pelas inquebráveis correntes de Hefesto no meio de uma coluna, e uma águia de longas asas enviada por Zeus comia-lhe o fígado imortal. Ao cabo do dia, chegava a negra noite por Prometeu ansiada, e o seu fígado tornava a crescer. Teria sido assim eternamente se não fosse por intervenção de Ulisses que matou a águia.
Assim se explica que o homem tenha vivido durante séculos sem conseguir a aptidão necessária, antes de receber o fogo como presente. Isto representa a dificuldade de sobrevivência do homem nas eras primitivas, ou a miséria do homem na Pré-História.
Assim, o transporte da chama olímpica antes do início dos jogos olímpicos, que nasceram na Grécia, mais não é do que uma reactualização do mito, sendo que o atleta que a transporta representa Prometeu em fuga, para não ser apanhado por Zeus- uma vez que o roubo da parte do fogo dos deuses é feito à revelia da vontade de Zeus- com a parte da chama divina que vai ser entregue aos homens – atletas - dentro do estádio olímpico; é essa centelha divina que dá aos homens o ímpeto para se superarem a si próprios, batendo records, aproximando-se indefinidamente da perfeição dos deuses, embora nunca a atingindo em pleno. É deste modo que este mito continua actual nos nossos dias.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:47 pm

2. A construção do conhecimento humano – articulação entre o biológico e o social;
O homem não é um animal como os outros, na medida em que a sua inteligência lhe deu um lugar à parte no mundo vivo, permitindo-lhe adquirir um poder que o torna temível relativamente aos outros animais, quando não, relativamente a si mesmo. Assim, o homem é capaz de controlar a sua própria evolução e a dos outros: as espécies em que estamos interessados são favorecidas, as que não nos interessam são eliminadas. Aliás, a denominação de Homo sapiens – “o homem que sabe”- é uma alusão à capacidade intelectual e à habilidade manual do homem, que o distingue das demais espécies animais.
Com efeito, o homem, desde o seu aparecimento, desenvolveu-se de forma espectacular: construindo utensílios cada vez mais eficazes e abrigos semipermanentes, dominando o fogo, incrementando as técnicas de obtenção de alimentos (caça, colecta, agricultura, pecuária), a arte e a escrita, etc. Com efeito, foram estas conquistas culturais que transformaram o homem naquilo que ele é hoje.
Por outro lado, o homem é condicionado pela morfologia e fisiologia do seu próprio corpo. Assim, por exemplo, as nossas capacidades de actuação são diferentes quando possuímos um corpo saudável e vigoroso ou quando possuímos um organismo frágil ou estamos doentes. Do mesmo modo, a nossa inteligência e o nosso conhecimento do mundo têm um suporte físico no nosso corpo: há um sistema que é o responsável por essas funções e que vamos estudar.
A evolução biológica do homem foi acompanhada e quase inteiramente substituída por uma evolução cultural e social. Neste sentido, o processo de construção do conhecimento humano deve ser encarado como uma sinergia entre o biológico e o social, querendo isto dizer que a construção do conhecimento deve ser analisada tendo em atenção dois tipos de condicionalismos:
◘ os físico-biológicos;
◘ os histórico-culturais.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:48 pm

2.1. Aspectos físico-biológicos na construção do conhecimento humano
O corpo humano, tal como já referimos, é o lugar de construção do conhecimento e, por isso, o modo como agimos e reagimos em diferentes circunstâncias resulta da contribuição articulada e integrada de diversos factores biológicos, nomeadamente:
►os órgãos sensoriais;
► o sistema nervoso;
► as glândulas endócrinas.
Com efeito, o corpo que possuímos, a integridade dos nossos órgãos internos, o equilíbrio do nosso sistema nervoso, o bom funcionamento do sistema glandular podem condicionar a energia psicossomática necessária para muitas das nossas acções. Por outro lado, a estrutura física-biológica dos indivíduos também depende da herança que lhes foi geneticamente transmitida pelos seus antepassados. Quer isto dizer que estas estruturas, transmitidas por hereditariedade, condicionam as possibilidades de acção dos indivíduos e constituem o suporte material dos seus comportamentos.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:49 pm

2.1.1. ►os órgãos sensoriais;
Os cinco sentidos fundamentais do corpo humano (tacto, paladar, olfacto, audição e visão) permitem por o homem em contacto com o ambiente ou meio que lhe é exterior e captar estímulos (calor, frio, ruído e silêncio, etc.) que funcionam como pontos de partida para o conhecimento do que se passa à nossa volta e para a nossa acção sobre o mundo.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:50 pm

Estímulos e sentidos
Sentido Órgão Estímulos
Tacto Pele Frio, calor, etc.
Paladar Língua Sabores
Olfacto Fossas nasais Odores ou cheiros
Audição Ouvidos Sons
Visão Olhos Cores, formas, etc.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:50 pm

Os órgãos sensoriais recebem – órgãos receptores - os estímulos e transmitem-nos ao cérebro, através dos nervos sensoriais. O cérebro descodifica a mensagem, produz a sensação (todas as sensações são formadas no cérebro) e emite uma resposta que é enviada pelos nervos eferentes ou motores até aos órgãos efectores das respostas que são os músculos e glândulas. Todas as sensações são interpretadas no cérebro. Para além dos cinco sentidos que nos põem em contacto com o mundo exterior temos ainda um sexto sentido, chamado cinestésico, que nos fornece informações sobre o interior do nosso organismo e nos permite saber como nos sentimos.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:51 pm

2.1.2. ► o sistema nervoso
O sistema nervoso engloba um conjunto de órgãos que transmitem a todo o organismo os impulsos nervosos nervosos – sob a forma de descargas químicas e eléctricas que se dão entre as células do sistema nervoso que se chamam neurónios- necessários aos movimentos e às diversas funções e recebem do próprio organismo e do mundo externo as sensações.
Deste modo, o sistema nervoso tem a capacidade de:
► coordenar a relação que o organismo estabelece com o meio ambiente (recebendo informações sob a forma de estímulos e elaborando/regulando respostas adequadas):
►armazenar informações;
► assegurar a comunicação interna do corpo.
No sistema nervoso podem distinguir-se duas partes:
► O sistema nervoso central, composto pelo cérebro e pela espinal medula;
► O sistema nervoso periférico, que engloba a rede nervosa que serve de ligação entre o cérebro e a espinal medula e o resto do organismo.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:51 pm

2.1.2.1.► O sistema nervoso central
O SNC, onde chegam e donde partem os impulsos nervosos – chegam sob a forma de estímulos e partem sob a forma de respostas, é considerado a parte “nobre” do nosso organismo, pois nele se centraliza o comando de todo o nosso organismo, seja nos movimentos e acções voluntários, seja nos involuntários, quer no sentido físico, quer no sentido psíquico.
Qualquer lesão que ocorra numa parte do SNC é quase sempre permanente, não podendo ser reparada porque as células nervosas ou neurónios não se regeneram. Como já vimos, o SNC inclui a espinal medula e o cérebro.
a) A espinal medula apresenta a forma de um longo cordão arredondado, alojado ao longo da coluna, funcionando as vértebras como um sistema de protecção. Tem duas funções que são:
• Condutora de mensagens de e para o encéfalo ou seja, transmissora de mensagens (informações) dos receptores (órgãos dos sentidos) para o cérebro e, no sentido inverso, do envio de informações do cérebro para os músculos e glândulas. Deste modo, uma lesão na espinal medula pode provocar uma incapacidade de controlar o funcionamento das pernas, dos braços, dos intestinos, etc.;
• Coordenadora de actividades reflexas, ou seja, é ela a responsável pela transformação do estímulo em resposta, quando se trata de actividades involuntárias, simples e reflexas que não precisam do cérebro para processar a informação. Esta actividades caracterizam-se por serem rápidas, automáticas, motoras e anteriores à chegada da informação ao cérebro e à consequente tomada de consciência.
b) o cérebro, por sua vez, funciona como um todo, interactivo e integrado. Contudo, encontra-se organizado em diferentes regiões. As partes do cérebro podem ser agrupadas de acordo com distinções anatómicas, especialização de funções, etc. As três componentes principais do cérebro ou encéfalo são:
• Tronco cerebral ou bolbo raquidiano que regula automaticamente actividades fundamentais do organismo, como intervir na manutenção da postura, no controlo da deglutição, das frequências respiratória e cardíaca e da velocidade com que o organismo consome os alimentos. No caso de ocorrer uma lesão muito grave no tronco cerebral, todas estas actividades deixam de funcionar e o indivíduo morre;
• Cerebelo, situado por baixo do cérebro e em cima do tronco cerebral, tem como funções manter o equilíbrio e coordenar a actividade motora. No caso de ocorrer uma lesão muito grave no cerebelo podem verificar-se descoordenações motoras, desequilíbrios e perdas do tónus muscular;
• Cérebro propriamente dito (córtex cerebral, tálamo, hipotálamo e sistema límbico). Pesa cerca de 1,3Kg e é constituído por duas substâncias diferentes: uma branca, que ocupa o centro, e outra cinzenta que forma o córtex cerebral. Está dividido em duas metades:
o O hemisfério cerebral direito, que controla a percepção das relações espaciais, a formação de imagens e o pensamento concreto;
o O hemisfério cerebral esquerdo, que é responsável pela linguagem oral e escrita, pelo pensamento lógico e pelo cálculo.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:52 pm

O córtex, por sua vez, divide-se em 4 lobos especializados em diferentes actividades. No entanto, é importante lembrar que, apesar de cada lobo se encontrar associado a uma determinada actividade, nenhuma parte do cérebro funciona isoladamente. Por isso existe no córtex a função de suplência ou vicariante que faz com que, em caso de lesão de uma zona, as áreas que lhe são vizinhas substituam as funções da área lesionada. Os 4 lobos que constituem um hemisfério são: ► lobo frontal, que é responsável por 3 grandes funções: actividade motora voluntária, habilidade comunicativa e elaboração do pensamento;► lobo parietal, que controla a recepção e o processamento de inputs sensoriais, como o tacto, a pressão, o calor, o frio e a dor através da superfície do corpo;
► lobo occipital, que coordena a visão; ► lobo temporal, que controla a audição.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:52 pm

2.1.2.2.► O sistema nervoso periférico
O SNP é responsável por estabelecer a ligacão entre os órgãos receptores – sentidos-, o SNC e os órgãos efectores – músculos e glândulas. Ele divide-se em sistema nervoso autónomo e sistema nervoso somático. O primeiro é responsável por todos os movimentos involuntários e automáticos dos quais depende a nossa vida e para os quais não precisamos da nossa vontade, nem consciência. É o caso dos movimentos respiratórios e dos batimentos cardíacos. O sistema nervoso somático é constituído por nervos aferentes ou sensoriais que transportam informação sob a forma de estímulos, desde os órgãos sensoriais até ao sistema nervoso central, onde esta é transformada em impulso nervoso sob a forma de resposta, conduzida até aos órgãos efectores - ___________ e ____________, através dos nervos _________ ou __________, também eles fazendo parte do sistema nervoso somático.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:53 pm

2.1.3► O sistema nervoso endócrino - As glândulas endócrinas

O sistema endócrino é constituído por um conjunto de glândulas que são órgãos que segregam ou produzem substâncias químicas – hormonas- que, lançadas no organismo numa certa dose alteram o seu funcionamento, inclusivé o do sistema nervoso já que as relações entre os neurónios se dão por descargas eléctricas e químicas, fazendo parte destas últimas as hormonas. O sistema endócrino é o conjunto das glândulas que segregam hormonas para o interior do organismo, havendo também glândulas exócrinas, como é o caso das sudoríperas. Este tem um papel fundamental no comportamento humano, interagindo com o sistema nervoso; o mau funcionamento de uma glândula endócrina pode ter como consequência perturbações nos comportamentos, por exemplo:
• o mau funcionamento da hipófise, que segrega estimulinas, pode provocar alterações no crescimento;

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:53 pm

• o hiperfuncionamento da tiróide, que segrega tiroxina, pode provocar hiperexcitabilidade, hiperemotividade, insónias, nervosismo, irritabilidade, enquanto o seu hipofuncionamento pode provocar aumento de peso, apatia, letargia, e fadiga permanente;
• as glândulas supra-renais libertam adrenalina, que actua nas situações de ansiedade, medo ou angústia e o seu hipo ou hiperfuncionamento também causa alterações no funcionamento do sistema nervoso;
• o pâncreas segrega insulina;
• Os testículos segregam testosterona;
• Os ovários segregam estrogénio e progesterona.
Há uma interacção entre estes dois sistemas: se um indivíduo tiver uma vida muito agitada e carregada de stress, o seu sistema nervoso fornece informação ao endócrino que faz com que este tenda a segregar mais adrenalina e testosterona, ou seja, a alterar o seu funcionamento. Por outro lado, se este alterar o seu funcionamento, tende a influenciar o funcionamento do sistema nervoso também.

2.2.► Os factores biológicos e a construção do conhecimento

Os factores biológicos, em especial o sistema nervoso, têm um papel decisivo no comportamento e nos processos mentais dos indivíduos, como já vimos.
O sistema nervoso está implicado em qualquer tipo de comportamento (simples ou complexo), pois, como vimos, coordena a relação que o organismo estabelece com o meio ambiente e assegura a comunicação interna do corpo.


SISTEMA NERVOSO E COMPORTAMENTO NOS INDIVÍDUOS
Órgãos dos sentidos recebem informações do meio ambiente 
e sistema periférico conduz essa informação para Sistema nervoso central que interpreta as informações, decide e coordena as respostas 
e sistema periférico conduz essa informação para Órgãos efectores (músculos e glândulas) que concretizam as respostas

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:53 pm

Assim, os factores biológicos não só condicionam as acções dos indivíduos, como também são responsáveis, em especial o sistema nervoso, pelos comportamentos mais complexos que distinguem os seres humanos dos animais, como, por exemplo, falar, ler, pensar, imaginar.

Por outro lado, a estrutura físico-biológica dos indivíduos é transmitida de uma geração para a seguinte – hereditariedade – o que significa que um determinado indivíduo possui um conjunto de características próprias que o tornam único, distinto de todos os outros da sua espécie – hereditariedade individual.

Essa individualidade resulta, em parte, do património genético que o indivíduo herdou. A unidade básica da transmissão do património genético é o gene, elemento fundamental constituído por segmentos da molécula de ADN.

O ADN de cada ser vivo corresponde a uma codificação diferente de instruções escritas na mesma linguagem, o que explica as diferenças orgânicas entre os organismos vivos.

Por seu lado, o genoma é toda a informação hereditária de um organismo que está codificada no seu ADN.

O genoma humano e os de outros organismos são ferramentas extremamente úteis para identificar e mapear os genes, muitos deles envolvidos em doenças, ou para a melhoria da nossa alimentação.

O conjunto dos genes de um indivíduo designa-se geralmente por pelo nome de genótipo. Este conceito remete-nos para o património hereditário do indivíduo, sobretudo para as características fisio-morfológicas de que foram dotados.

Contudo, os genes, apesar de estabelecerem um conjunto de possibilidades para o comportamento do ser humano, não determinam o seu destino.

Aliás, tem sido grande a polémica em torno de saber qual dos factores – hereditariedade/meio – é mais importante para determinar as capacidades e comportamentos de um indivíduo. Com efeito, a hereditariedade proporciona potencialidades, mas estas, para se desenvolverem, necessitam de um meio favorável.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:54 pm

2.3.► O meio como lugar de construção do conhecimento

O meio exerce influência sobre um indivíduo ao longo de toda a sua vida, mesmo desde a vida intra-uterina.
Com efeito, o desenvolvimento físico e mental do feto pode ser afectado pelo meio intra-uterino, pois a corrente sanguínea da mãe, em situações como a de ingestão de medicamentos ou de algumas doenças (rubéola, diabetes, perturbações emocionais, etc.), pode provocar malformações, excesso de choro, transferência para o feto de determinadas carências relativamente a substâncias consumidas (situações de toxicodependência e alcoolismo, por exemplo), etc.
Após o nascimento, o meio onde a criança nasceu vai continuar a marcar todo o seu processo de evolução.

2.3.1.► Percepção – estímulos sensoriais e referências socioculturais

Na vida quotidiana utilizamos continuamente os nossos órgãos dos sentidos. Por exemplo, os nossos olhos apercebem-se de tudo o que nos rodeia, ouvimos os ruídos produzidos pelos automóveis e os sons das conversas, sentimos se está mais frio ou mais calor, etc. Quer isto dizer que as sensações percepcionadas pelos sentidos são apreendidas, interpretadas e ordenadas, transformando-se em percepções.
A percepção será, então «a conduta psicológica através da qual o indivíduo organiza as suas sensações e toma conhecimento do real». Deste modo, estímulos presentes e experiências do passado são integrados e elaborados na visão de conjunto. Neste sentido, a percepção dos indivíduos vai evoluindo ao longo dos anos, uma vez que estes têm de apresentar inúmeras características do meio que os rodeia e incluí-las pouco a pouco na percepção. Por exemplo, um bebé de dois meses vê, ouve, saboreia e cheira, tem sensações de tacto e de dor, etc., mas ainda não se apercebe dos objectos como um todo. Só passados alguns anos, a criança poderá interpretar correctamente as sensações, com todos os factores que as influenciam.
Assim, para explicar a percepção temos de compreender não só as propriedades do mundo físico, como também os quadros de referência dos indivíduos, na medida em que entre a estimulação sensorial e a percepção se interpõe uma série de variáveis relacionadas com experiências pessoais e sociais dos indivíduos.

Outra característica da percepção é o facto de esta ser selectiva, pois o nosso cérebro não poderia processar toda a informação que recebemos. Deste modo, a nossa atenção direcciona-se apenas para aquilo que nos interessa directamente ou para aquilo a que atribuímos qualquer significado. Por exemplo, se nos pedirem para descrever uma imagem, não vamos descrever todos os seus pormenores, mas apenas aqueles que nos despertaram atenção.
Deste modo, o processo de conhecimento não depende inteiramente das sensações, pois estas são apenas materiais sobre os quais os indivíduos operam uma construção mental.
Com efeito, os seres vivos nascem equipados com uma série de respostas instintivas a certos estímulos. Por exemplo, nas suas primeiras semanas de vida, a criança dispõe de vários esquemas baseados em reflexos inatos, como o chuchar e o agarrar, os quais constituem respostas maquinais e executadas sempre do mesmo modo.
Ora, estas respostas instintivas são os materiais em que se baseia o conhecimento porque:
• permitem reconhecer e reagir ao meio;
• estão na origem da construção dos esquemas explicativos da realidade.
Por exemplo, só interpretamos o significado de um objecto quando o reconhecemos por meio de um esquema e o designamos por uma palavra. Assim, a linguagem é um desses esquemas cognitivos.
Deste modo, aprende-se a perceber e, pela experiência, melhora-se a percepção, por isso, a percepção difere de indivíduo para indivíduo, conforme o seu modo e o seu estilo de conhecimento.
Os esquemas cognitivos, as unidades básicas do intelecto, são padrões de acção e de resposta às situações que organizam as relações dos indivíduos com o meio.
A apreensão/construção destes esquemas ocorre no decurso do processo de assimilação, durante o qual o meio é apreendido e integrado pelos esquemas e estruturas do sujeito. Uma vez adquiridos esses esquemas, estes poderão ser aplicados. Por exemplo: a criança não chucha apenas o mamilo, também chucha o cobertor, o dedo, qualquer objecto, o que poderá ser interpretado, como diz Piaget, como se o bebé tivesse uma teoria - «o mundo é uma realidade a chuchar» - e a aplicasse continuamente.
Deste modo, através dessa «prática», dessa vivência quotidiana em sociedade, os bebés, as crianças, os adolescentes, os adultos… vão adquirindo informações sobre os objectos do seu ambiente e assimilando essas informações aos seus esquemas cognitivos.
Por outro lado, essa vivência vai introduzindo modificações e adaptações nos esquemas cognitivos que se tornam cada vez mais elaborados. Contudo, isso não significa que os esquemas deixem de existir pelo contrário, evoluem em complexidade.
Os conceitos também são os padrões de resposta, só que foram transpostos, mediante a linguagem, para o nível do pensamento.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:54 pm

Pode, então, falar-se em abstracção, na medida em que se extrai informação dos próprios objectos, retendo algumas das suas propriedades e excluindo outras.
As propriedades (cor, peso, etc.) do objecto existem nele, independentemente do sujeito. No entanto, para conhecer essas propriedades, o sujeito tem de usar instrumentos de assimilação (esquemas, operações, estruturas) por ele construídos.
Por outro lado, encontrar respostas para os problemas levantados pelo meio exige uma constante modificação e diversificação dos esquemas existentes, bem como uma adaptação das estruturas do sujeito a essas novas situações (Piaget). Este fenómeno costuma designar-se por acomodação.

2.3.2.► Afectividade e referências socioculturais como estruturantes da personalidade

Neste processo de interacção com o meio, os indivíduos vão estruturando as características psicológicas que determinam a sua individualidade pessoal e social, ou seja, a sua personalidade. A personalidade de um indivíduo, que reflecte a sua originalidade, permite-lhe adaptar-se a situações novas e delimitar as suas relações com os outros, funcionando ainda como uma «máscara» que todos usam nas suas relações interpessoais.
A personalidade não é um dado biológico transmitido pela hereditariedade. Com efeito, a formação da personalidade individual (afectos, impulsos, aptidões, talentos, comportamentos, etc.) é um processo gradual, complexo e específico que resulta da acção contínua e conjugada entre:
• elementos genotípicos (caracterísitcas biológicas do indivíduo);
• meio ambiente.

Esta interacção do indivíduo com o seu meio ambiente desenvolve-se ao longo de toda a vida do indivíduo; no entanto, dois períodos da existência humana são determinantes na construção da personalidade: a infância e a adolescência.
O desenvolvimento do indivíduo e, consequentemente, da sua personalidade está assim dependente de factores genéticos e de factores socioculturais.
Contudo, o desenvolvimento humano, para ser equilibrado, também necessita de relações afectivas (emocionais) estáveis, principalmente durante a infância. Com efeito, vários estudos têm demonstrado que cuidados personalizados, vínculos fortes, afectivos, interessados, etc. podem contribuir para um desenvolvimento mais equilibrado da criança.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:55 pm

2.3.3.► A construção do conhecimento como um processo sociocultural
Os indivíduos vivem em sociedade, tendo, por isso, de se sujeitar ao sistema de regras que regulam as relações sociais. Quer isto dizer que, à medida que se adaptam aos diversos grupos que vão integrando, aprendem as normas sociais próprias de cada um deles, ou seja, vão aferindo as suas formas individuais de agir e reagir pelas normas e padrões vigentes em cada um desses grupos.
Deste modo, os indivíduos reflectem nos seus modos de ser, de agir e de viver as condições do meio social e histórico em que estão inseridos, o que explica, por exemplo, as diferenças entre o homem do século XXI e o homem pré-histórico.
Mas essas diferenças de comportamentos entre os indivíduos não se observam apenas em diferentes épocas históricas, também na sociedade actual elas se verificam, sendo explicadas pelo facto de os indivíduos reflectirem nos seus comportamentos a cultura dos grupos em que estão integrados.
A personalidade dos indivíduos estrutura-se, assim, em função do adquirido e da realidade vivida na sociedade onde estão integrados e cujos padrões culturais lhes são impostos. Com efeito, os padrões culturais, exteriores e anteriores ao indivíduo, actuam sobre ele, moldando-lhe o comportamento segundo formas que ele próprio não escolheu. Além disso, os padrões possuem um carácter de constrangimento, o que obriga à sua aceitação, sob pena de marginalização.

Em suma, toda a acção dos indivíduos está condicionada por factores variados:

• uns que se situam em nós mesmos;
• outros que provêm do exterior (acontecimentos, o mundo natural e biológico, o espaço físico e social, o corpo, a hereditariedade, as opiniões alheias, as crenças, as escolhas já feitas, os hábitos e o nosso próprio inconsciente interferem).

2.4.► O inato e o adquirido

Há pessoas que têm mais habilidade para fazer determinado tipo de coisas do que outras. Por exemplo, há quem pegue num lápis e consiga produzir belas imagens, enquanto outras só fazem rabiscos indecifráveis, o mesmo acontecendo noutras áreas (desporto, escrita, etc.).
De onde vem esse «talento»? Nasce-se com ele ou vamos aprendendo ao longo da vida?
A resposta a estas questões remete-nos para a compreensão da relação entre inato e adquirido.
Desde sempre que a controvérsia entre inato e adquirido e a sua importância para explicar o desenvolvimento humano, ou seja, a sua importância para a construção do conhecimento, tem atravessado os debates entre cientistas de vários campos (psicólogos, filósofos, sociólogos, biólogos, etc.):

• Uns autores põem a ênfase nas características inatas, chamando a atenção para a existência de importantes características dos seres humanos que não podem ser ensinadas nem adquiridas pelo treino simplesmente porque não podem ser aprendidas.
• Outros, pelo contrário, destacam a importância dos comportamentos adquiridos, condicionados pelo ambiente e pela cultura.
• Finalmente, muitos outros concordam que para explicar o desenvolvimento humano deverá existir um equilíbrio entre a importância da natureza (genética) – inato – e a importância do ambiente (regras aprendidas) – adquirido.

Com efeito, dizer que um comportamento ou uma característica de um indivíduo é puramente inata ou puramente adquirida tem elevada probabilidade de erro. Assim, por exemplo, é comum afirmar-se que a estatura dos indivíduos é determinada exclusivamente por factores genéticos (hereditários); ora, na sociedade actual, as novas gerações são cada vez mais altas, devido, em grande parte, à alimentação, ou seja, os factores ambientais também determinam a estatura dos indivíduos.

Natureza e cultura não estão, assim, em competição. De facto, não interessa tanto saber se o desenvolvimento humano (processo de construção do conhecimento) é mais inato ou adquirido, o que interessa é compreender que o desenvolvimento humano é o resultado da conjugação desses dois factores.

Quer isto dizer que a componente genética é um factor muito importante no desenvolvimento da capacidade intelectual dos indivíduos. Contudo, os factores ambientais/culturais desempenham um papel importante no modo como a componente genética se expressará.

Assim, quando construímos o nosso conhecimento sobre o mundo, fazemo-lo de acordo com as nossas especificidades estruturais (físicas e psíquicas), recorrendo a conceitos ou categorias (por exemplo, dizemos que uma coisa é fria ou quente, boa ou má, simples ou complexa, etc.) que adquirimos no decurso da nossa vivência em sociedade.
Deste modo, se nos faltar um conceito para definir algo que ocorre no mundo, temos de inventar um ou não podemos responder ao acontecimento de forma organizada. Por exemplo, como é que uma pessoa explica o seu próprio comportamento e o dos outros sem os conceitos de amor e ódio?

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:56 pm

Ora, estes conceitos e categorias de que dispomos para organizar as nossas experiências são-nos fornecidos pelo meio social e cultural em que estamos integrados. A cultura funcionará, então, como um dispositivo integrador que nos permitirá organizar o nosso conhecimento e compreender o mundo.


Uma vez superado o dualismo corpo-espírito, as formulações teóricas sobre o conhecimento, no pensamento ocidental, têm sido marcadas pela dicotomia entre inato e adquirido. De entre essas formulações teóricas destacaremos a seguinte, que supera estas dicotomias:
2.4.1.► O construtivismo de Piaget

O construtivismo de Piaget é o nome que se dá à teoria de Piaget sobre o desenvolvimento cognitivo. Segundo este autor o conhecimento depende de aspectos inatos e de aspectos adquiridos na interacção do sujeito com o meio ou mundo dos objectos. Na origem da expressão está a palavra construção. Ela remete para vários significados:
• a responsabilidade do sujeito em construir os seus conhecimentos e estruturas cognitivas através da acção sobre os objectos. Essas acções podem ser físicas ou logico-matemáticas. Só se conhece se agirmos sobre os objectos e os transformarmos e o sujeito age através de acções físicas e/ou através da acções intelectuais. Em qualquer dos casos não pode limitar-se a ser passivo, sob pena de não se construir o conhecimento;

• a responsabilidade do mundo dos objectos, do meio, que age sobre o sujeito e deve fazê-lo promovendo e proporcionando experiências enriquecedoras, acções que sejam adequadas à estrutura cognitva do sujeito. O conhecimento é também uma construção do mundo dos objectos sobre o sujeito, na medida em que os objectos agem sobre o sujeito e transformam-no;

• o conhecimento é ainda uma construção progressiva porque cada novo conhecimento, do mesmo modo que cada novo esquema ou estrutura, implica o aperfeiçoamento dos anteriores e nunca o seu abandono. Por isso, cada nova estrutura cognitiva – conjunto de esquemas de acção organizados numa certa forma de entender o mundo- tem como suporte os anteriores e mais não é do que o resultado do seu aperfeiçoamento;

• do mesmo modo que em todas as construções, há uma sequência nesta construção que tem de ser respeitada e que resulta na necessidade dos educadores saberem qual a sucessão ou ordem dos estádios e esquemas, de modo a não exigirem demais às crianças e jovens, promovendo nelas a frustração, nem de menos, promovendo a apatia. As acções proporcionadas à criança devem ter em conta o seu nível de desenvolvimento e os esquemas que possui, de modo a proporcionar o seu amadurecimento e consequente passagem para o seguinte.
São estes os aspectos que fazem da teoria de Piaget o “construtivismo” e a matéria prima inicial para essa construção são :
1. A estrutura biológica de partida aberta e necessitante relativamente ao meio – com uma necessidade inata de adaptação que promove o desenvolvimento- munida de reflexos inatos;
2. A transmissão social através dos mundo dos objectos físicos e humanos que propiciam ou inibem esse desenvolvimento com acções adequadas ou inadequadas;
3. A equilibração, enquanto mecanismo auto-regulador do organismo, que indica o equilíbrio que deve existir entre os processos de assimilação e acomodação. Assimilação é o mecanismo de conhecimento que nos faz introduzir ou incorporar novos objectos em esquemas ou estruturas prévias e a acomodação é o mecanismo de conhecimento que nos faz criar novos esquemas ou estruturas em função da natureza dos novos objectos a assimilar.

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:57 pm

O construtivismo, defendido por Piaget, parte do princípio de que o conhecimento se constrói através da acção. Para este autor, o desenvolvimento humano durante a infância ocorre em quatro estádios:
• Inteligência sensório-motora (até aos 2 anos): no início, a criança apenas produz actos reflexos que se vão aperfeiçoando e transformando em hábitos, para finalmente desenvolver uma inteligência prática (não fala, mas já resolve problemas);
• Representação pré-operatória (dos 2 aos 6 anos): a criança aprende a linguagem, fala sobretudo consigo própria (o pensamento emerge), começando a distinguir dois mundos: o social e o interior, apesar de continuar a ser egocêntrica;
• Operações concretas (dos 7 aos 11 anos): a criança começa a ser capaz de fazer operações mentais, mas concretas;
• Operações formais (a partir dos 12 anos): a criança passa a realizar operações a um nível absolutamente verbal e conceptual.





2.5.► Inteligência – humana e artificial

A inteligência é, geralmente, entendida como um conjunto de competências que os seres humanos possuem, as quais se revelam fundamentais ao longo da sua existência, pois garantem-lhes a sua sobrevivência e adaptação ao meio.
Neste sentido, a inteligência pode definir-se como a «aptidão para compreender as relações que existem entre os elementos de uma situação e para a eles se adaptar, a fim de realizar os próprios objectivos». A inteligência é um dos atributos do homem mais valorizados socialmente; daí que as definições que os indivíduos, em geral, dão de inteligência sejam mais abrangentes do que as dos especialistas, associando à inteligência a criatividade, a personalidade, o carácter, a motivação, as emoções, etc.
Outra abordagem importante para a compreensão do conceito de inteligência é a que se baseia numa avaliação da inteligência presumivelmente objectiva – através de testes. Assim, nesta forma mais restrita de estudar a inteligência, esta é medida através de testes psicométricos, designados por testes de Quociente de Inteligência (QI).
Estes testes são constituídos por diferentes itens que avaliam diferentes tipos de aptidões (lógico-matemática, linguística, espacial, musical, pessoal, emocional, etc.). A pontuação obtida nos testes permite calcular o QI dos indivíduos. Muitas vezes, estes testes também servem para orientar profissionalmente os indivíduos, na medida em que permitem avaliar as suas aptidões em áreas específicas.
Deste modo, pode considerar-se que existem diversos tipos de inteligência:
• A inteligência abstracta ou conceptual, ou seja, a capacidade para utilizar material verbal e simbólico;
• A inteligência prática, relacionada com a manipulação de objectos;
• A inteligência social, ou seja, a capacidade de relacionamento social.

Os homens podem, assim, apresentar formas de inteligência diferentes. Por exemplo, as crianças possuem uma inteligência essencialmente prática.
Mas não só as formas de inteligência são diferentes, também os níveis de inteligência não são idênticos em todos os homens. Na origem dessa diferenciação poderão estar factores de ordem hereditária, mas principalmente factores sociais, associados às suas trajectórias pessoais ou aos meios socioculturais donde provêm.
Mar será o homem o único ser inteligente?

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Mensagem  Admin Seg maio 25, 2009 3:57 pm

2.5.1.► Inteligência artificial
Se considerarmos todas as formas de inteligência, de facto os homens são os únicos seres inteligentes, pois a inteligência animal não assume a forma abstracta ou conceptual. Contudo, a inteligência animal contempla a resolução de problemas:
• «os macacos superiores são capazes de confeccionar instrumentos (endireitar arame todo enrolado com o objectivo de empurrar um isco apertado num tubo longo e estreito); o chimpanzé até é capaz de ser bem sucedido em provas práticas acessíveis a uma criança normal de 9 ou 10 anos».
A inteligência artificial (IA) é em simultâneo:
• Uma ciência que procura conhecer a inteligência, recorrendo às capacidades de processamento de símbolos da computação com o objectivo de encontrar métodos genéricos para automatizar actividades perceptivas, cognitivas e manipulativas;
• Um ramo de engenharia que procura construir instrumentos para apoiar a inteligência humana.
Actualmente, das principais áreas de estudos da IA destacam-se as seguintes:
• Resolução de problemas (métodos de procura e jogos);
• Representação de conhecimento e raciocínio (bases de conhecimento, lógica e inferência, restrições, incerteza e métodos de decisão);
• Planeamento de acções (distribuição e organização);
• Aprendizagem (indução, clustering, redes neuronais e algoritmos genéticos);
• Comunicação (linguagem natural, escrita e falada);
• Percepção e acção (robótica).
Apesar de se afirmar que os sistemas IA, «sem pretender imitar os humanos ou animais», podem inspirar-se neles, «são os que pensam e agem de forma racional e se modelam e implementam em termos computacionais. Computador, redes, robôs e hardware informático especializado permitem executar os algoritmos, percepções e acções necessárias.»
Continuam a ter pertinência algumas questões que se colocaram e colocam desde os primeiros anos de IA:
• Será que os computadores são realmente capazes de aprender?
• Será que as máquinas são inteligentes e capazes de raciocinar?
A IA em Portugal
Os primeiros passos da IA em Portugal são dados em 1973 quando Hélder Coelho, Luís Moniz Pereira e Fernando Pereira se reúnem no LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil) e, depois, em Junho do ano seguinte, é criada uma Divisão de Informática no LNEC, orientada para projectos de investigação e desenvolvimento nas ciências da computação. Em anexo à proposta de criação desta nova área de investigação no LNEC estava a proposta de criação de um grupo de aplicações de I.A. (G.A.I.A.), o qual só seria formalmente criado em 1988.
Hoje em dia, I.A. em Portugal conta com diversos núcleos de investigação nas principais Universidades portuguesas e com programas em termos de mercado europeu, estando organizada em torno Da APPIA – Associação Portuguesa Para a Inteligência Artificial (http://www.appia.pt/);

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